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A Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Assistência do Hospital das Clínicas (Faepa) completa 30 anos

A Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Assistencia do Hospital das Clínicas (Faepa) chega aos 30 anos com altos indices de satisfação dos hospitais que administra: Hospital Estadual de Ribeirão Preto, Hospital Estadual de Américo Brasiliense e a Mater. Além do apoio ao Hospital das Clínicas. 

Para o diretor executivo da FAEPA, o professor Ricardo Cavalli, a Faepa é fundamental para o sistema de saúde de Riberão Preto e região. “Ao longo destes 30 anos, a Faepa foi se tornando uma parceira do Hospital das Clínicas e passou a administrar outros hospitais. Com isso, ela assumiu um papel fundamental na gestão dessas instituições”. 

Simpósio comemora os 30 anos da FAEPA 

Discutir caminhos e alternativas para enfrentar os desafios e fortalecer o Sistema Único de Saúde. Esse foi o objetivo do simpósio “FAEPA 30 anos – Desafios para o Sistema de Saúde”. O evento contou com a participação de gestores de saúde municipais, estaduais, médicos, pesquisadores e funcionários de várias instituições. 

Hospitais do governo atendem metade da demanda do estado 

O secretário estadual da saúde de São Paulo, professor Marco Antonio Zago abriu o simpósio falando sobre o papel dos hospitais do estado de São Paulo no sistema de saúde. “Os hospitais estaduais representam metade do atendimento prestado no estado de São Paulo, uma atividade muito intensa, mais vigorosa que em outros estados da união”, explica. 

Para ele, o grande desafio é fortalecer o SUS. “ É o programa que produz os resultados mais concretos de inclusão social no país. Só no estado de São Paulo, ele atende 27 milhões de pessoas que não teriam condições de atendimento se o SUS não existisse. As falhas do SUS são pequenas se comparadas ao enorme serviço que ele presta”, completa. 

Governo federal terá que rever contenção de gasto, diz especialista  

O consultor o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), professor Sergio Piola, falou sobre as consequências prováveis da Emenda Constitucional 95/2016 que limita gastos públicos pelos próximos 20 anos. Para ele, “se não houver mudança nesse cenário de congelamento, a saúde terá muitos problemas e a situação ficará insustentável”.

“Com essa Emenda Constitucional, não haverá investimento até 2036 e os gastos com saúde precisam aumentar, visto que os produtos relativos à saúde têm uma inflação maior que da economia em geral”, explica. “Outro fator que demanda mais investimentos na área da saúde é o aumento da população idosa que utiliza mais o sistema de saúde”, conclui.

Para ele, é necessário haver uma mudança nesse cenário que classifica como “uma  panela de pressão prestes a explodir”. De acordo com Piola, “A esperança é que os políticos e a sociedade percebam que este cenário é inviável e reflita sobre a extrema necessidade dos serviços públicos para a população”. 

Para melhorar, o SUS tem que funcionar em rede 

A necessidade de restruturação das redes de atenção à saúde foi o tema da palestra proferida pelo especialista em planejamento de saúde, professor Eugênio Mendes.

Ele lembrou que “ o envelhecimento da população do país modificou o cenário de predominância das doenças infecciosas para doenças crônicas e o SUS não se adaptou a isso”.

Para ele, “o SUS é um sistema fragmentado que necessita de estruturação da rede de atenção à saúde para melhor resolutividade das doenças crônicas e agudas”. De acordo com ele, “houve uma melhora significativa do SUS nos últimos anos, especialmente em relação à atenção primária, porém o sistema ainda tem muito a melhorar para que se torne mais eficiente e contribua mais efetivamente para o aumento da equidade”. 

Ribeirão Preto tem um complexo de saúde 

Na quarta palestra do simpósio, o Superintendente do HCFMRP, Benedito Carlos Maciel, falou sobre a interação entre o complexo Acadêmico e a rede de atenção a saúde. Ele apresentou todas as unidades do complexo e chamou atenção para as futuras unidades que, em breve, deverão fazer parte do complexo: Unidade Sumarezinho e Hospital de Serrana. 

Em seguida, a diretora da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Margaret de Castro, falou sobre essa interação na área do ensino. Para ela, “é extremamente importante para que a FMRP possa oferecer inovação ao estudante pela prática nas unidades de atenção primária, secundária e terciária, contribuindo com suas habilidades profissionais”. 

Os desafios da rede municipal 

Produção, gestão, burocracia, tecnologia, prevenção foram alguns dos temas tratados na palestra do secretário municipal da Saúde, professor Sandro Scarpelini sobre os desafios da estruturação da rede municipal.

O professor Scarpelini, que também já dirigiu a Unidade de Emergência do HCFMRP e a FAEPA, o desafio é fortalecer a atenção básica. “ Hoje temos uma distorção no atendimento na cidade com três vezes mais consultas em pronto atendimento que na atenção básica. O que precisamos é prevenir as urgências”, explica.

O secretário também falou sobre a importância da FAEPA. Ele lembrou que a Fundação é a terceira empresa em número de trabalhadores da saúde no interior do estado. “A Faepa administra hoje, em Ribeirão Preto, o Hospital Estadual e a Mater, além de colaborar muito com o HC. O sistema de saúde de Ribeirão e região não sobreviveria sem esses dois hospitais”. A Faepa também é responsávelplo Hospital Estadual de Américo Brasiliense.

Referência: Assessoria de Comunicação HCFMRP-USP