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CTI da Unidade de Emergência participa do projeto nacional DONORS

O Centro de Terapia Intensiva da Unidade de Emergência é uma das 70 unidades de todo pais a participar do Projeto DONORS: estudo multicêntrico que tem como objetivo de avaliar a efetividade de estratégias para aumentar a doação de órgãos em todo o Brasil.

O DONORS é um projeto do Ministério da Saúde, coordenado pelo Hospital Moinhos de Vento que consiste em um ensaio clínico que envolve Centros de Terapia Intensiva de todas as regiões do país. O desfecho primário do estudo DONORS é a perda do potencial doador por parada cardíaca. Entre os desfechos secundários incluem-se número de órgãos transplantados por doador, taxa total de parada cardíaca e recusa familiar de doação.

Profissionais de saúde, através do projeto, serão capacitados em comunicação em situações críticas e condução da entrevista familiar para verificação da intenção de doação de órgãos.

“O CTI-UE foi selecionado por se tratar de um centro qualificado, de alta performance e maior identificação de potenciais doadores”, afirma o médico intensivista da Unidade de Emergência e coordenador da Comissão Intra-hospitalar de Transplantes de Órgãos, Marcelo Bonvento.

Ele explica que um dos papéis do Projeto “é avaliar se o uso das práticas atuais que envolvem a manutenção do potencial doador é efetivas, nos pacientes com morte encefálica, e criar novas normas através de protocolos dirigidos que aprimorem a efetivação dos transplantes e evitem a parada cardíaca nos pacientes”.

Outra missão é avaliar e aprimorar as orientações específicas para a entrevista familiar. “A recusa familiar ainda é uma importante causa de não efetivação da doação de órgãos no Brasil”, esclarece o médico intensivista. “A abordagem da família se dá em um momento delicado, que precisa de especial atenção”, completa.

Referência – O Hospital das Clínicas é referência nacional em doação de órgãos. Os resultados comprovam a excelência do trabalho realizado. De janeiro a agosto deste ano, a Organização de Procura de Órgãos de Ribeirão Preto já realizou mais de 150 notificações de doação de órgãos. Só na Unidade de Emergência foram 34 notificações.

Apesar dos bons indicadores, as equipes buscam, incessantemente, aprimorar seus processos e melhorar seus resultados. No início deste ano, a Comissão Intra-hospitalar reescreveu o manual condutas para o diagnóstico de morte encefálica. A nova edição do manual traz normas claras e detalhadas sobre identificação dos potenciais doadores, os exames de sorologias, exames adjuvantes ao manejo clínico e os exames complementares”.

“Além disso, o novo manual fornece base científica e jurídica aos médicos que realizam as provas de morte encefálica, pautados pelas Resoluções do Conselho Federal de Medicina, Sistema único de Saúde e do Sistema nacional de Transplantes”, completa.

“O acolhimento familiar merece atenção especial neste contexto por isso uma equipe multidisciplinar permanece atenta para auxiliar as demandas da família em relação aos seus anseios e expectativas”, explica o doutor Marcelo “Os familiares precisam ter segurança dos processos diagnósticos e confiança na transparência dos trabalhos realizados, acreditar é fundamental ”, afirma o doutor Marcelo. “Estamos tratando de vidas, o processo de doação de órgãos tem que ser absolutamente seguro”.

O médico intensivista esclarece que “o processo de doação de órgãos está seguro, nas mãos de pessoas capacitadas, comprometidas e atentas para garantir os trabalhos de forma honesta, com divisão igualitária na fila de espera e com foco para o resultado final o transplante”, confirma. E completa ”precisamos da sua ajuda para mudar nossa realidade e ajudar mais pessoas: O possível é o começo, mas é o impossível que salva vidas”, completa

 Referência: Assessoria de Comunicação HCFMRP-USP