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HC e Hemocentro de Ribeirão Preto recebem o credenciamento para testes da Covid-19

A notícia foi divulgada oficialmente em uma coletiva na manhã desta terça-feira, 31, pelo superintendente do HC, Benedito Carlos Maciel, e pelo diretor do departamento de atenção à saúde, Antônio Pazin Filho. “Já estávamos fazendo esses exames com recursos próprios. No primeiro momento, priorizamos nossos funcionários sintomáticos, que atendem áreas de risco, e pacientes internados em estado mais grave. Fizemos uma média de 30, 40 testes por dia. Agora, com essa autorização e com os insumos vindos do Governo Estadual, poderemos ampliar significativamente esses números. A estimativa é começar com 100 testes diários, mas, dependendo dos investimentos, temos capacidade para realizar até 200”, explica Benedito Maciel, ressaltando que ainda não há uma previsão da chegada desses insumos.

Por enquanto, o que foi acordado com a Secretaria Municipal de Saúde é que o HC vai expandir o serviço para pacientes que apresentam um quadro clínico grave e que estejam internados nos outros hospitais da cidade e da região, para melhorar a assistência oferecida. Os resultados ficam prontos em até 24 horas. “É claro que se o volume de demanda superar a nossa capacidade, pode haver uma demora maior nesse prazo”, completa o superintendente. Com uma maior quantidade de testes disponíveis, é bem provável que as estatísticas da cidade também subam, pois não será mais necessário esperar a contraprova de exames vinda de São Paulo.

Profissionais testaram positivo

Até o momento, o HC registrou 16 profissionais que testaram positivo para a Covid-19. Todos estão afastados, em isolamento e em bom estado clínico. “Quero fazer um agradecimento público a todos os profissionais do HC, que não estão medindo esforços para combater essa pandemia. Estão trabalhando sob máxima pressão. Além disso, nossas estratégias de proteção têm se mostrado bastante efetivas. Nos últimos quatro dias, todos os testes que fizemos tiveram resultado negativo”, destaca Antônio Pazin. Atualmente, não há nenhum paciente com Covid-19 na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do HC e sete casos suspeitos, aguardando o resultado de exames, mas, segundo Antônio Pazin, devem dar negativo pela evolução do quadro.

Contribuição da sociedade    

Os dois especialistas fizeram questão de reforçar, também, a colaboração da população. “O isolamento social é fundamental para evitar a disseminação do vírus. É preciso evitar a exposição e a superlotação dos hospitais. Também reforçamos que o HC atende casos graves. As solicitações de testes devem ser encaminhadas pela rede pública de saúde. Se o indivíduo precisar vir até aqui, vai passar por um processo de triagem rigoroso, pois temos que minimizar os riscos de contágio dos profissionais, dos pacientes internados e de quem nos procura”, esclarece o diretor. É importante frisar que quem buscar essa assistência não deve estar acompanhado por idosos, crianças ou pessoas que apresentem os sintomas relacionados à Covid-19.

O HC também conta com a ajuda da sociedade por meio de uma “vaquinha” on-line em prol da captação de recursos para ajudar nas necessidades da instituição durante o enfrentamento da pandemia do novo coronavírus no município. O objetivo é arrecadar R$ 5 milhões. “Para que não faltem equipamentos de proteção individual e de assistência à saúde dos pacientes, visto que estamos encontrando uma grande dificuldade para a aquisição desses materiais e todos sofreram um acréscimo exorbitante nos preços. Conduziremos esse protocolo com máxima transparência e prestação de contas”, finaliza Maciel. Os interessados em doar devem acessar a plataforma de arrecadação clicando aqui.

Palavra do secretário

“Essa notícia é muito importante para Ribeirão Preto. O Doutor Rodrigo Callado, chefe do laboratório do HC, tem lutado para conseguir essa autorização e, finamente, o hospital foi credenciado. Esse passo é fundamental para conseguirmos insumos e, assim, fazermos um acompanhamento da doença e ajudar a região com o diagnóstico mais rápido. Mas, é necessário deixar bem claro para a população que os exames não mudarão o tratamento das pessoas, mas na maneira de nos prepararmos para os casos que estão vindo. Sabermos se temos sete casos ou 50 faz diferença na proporção que devemos preparar a cidade para a recepção dos casos. A independência será maior, numa demanda por exames que é mundial”, disse o Sandro Scarpelini, secretário municipal da Saúde de Ribeirão Preto.

Referência: Revide – Foto: Arquivo Revide