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HEAB melhora gestão hídrica, diminui consumo de água e ganha selo de amigo do meio ambiente

O Hospital Estadual Américo Brasiliense recebeu o “Prêmio Amigo do Meio Ambiente 2017”. A instituição foi reconhecida pelo trabalho de redução do consumo de água, onde neste ano, através das ações implantadas, houve uma redução de 1 milhão de litros de água por mês na instituição, comparado ao mesmo período do ano passado.

Entregue no dia 9 de outubro no centro de convenções Rebouças, em São Paulo, neste ano, o Prêmio Amigo do Meio Ambiente contou com 116 projetos inscritos de 10 estados brasileiros, abordando as mais diversas inciativas ambientais em organizações públicas e privadas, de todos os portes, as quais, com seu esforço, fazem a diferença para tornar o SUS mais verde e sustentável.

Estimulados pela crise hídrica que assolou o Estado de São Paulo, principalmente a região metropolitana, em 2014, integrantes do Comitê Ambiental e de Resíduos do Hospital Estadual Américo Brasiliense (HEAB) iniciaram discussões para reduzir o consumo de água na instituição, com o objetivo de colaborar com as políticas implantadas pelo Estado no reestabelecimento da normalidade hídrica e na missão de transformar o HEAB em uma unidade de assistência à saúde do Sistema Único de Saúde (SUS) com alta eficiência na utilização dos recursos hídricos.

“O Governo do Estado programava medidas emergenciais para redução do consumo, para que a disponibilidade de água fosse restrita sem grandes impactos ao saneamento básico da população. O Hospital Estadual Américo Brasiliense, passou, então, a ter como objetivo o apoio às políticas de governo na reeducação e no racionamento de água, com o compromisso com o meio ambiente pela eficiência hídrica no processo de assistência ao usuário”, disse o diretor geral, Prof. Dr. Tales Rubens de Nadai Com sistema de exploração e tratamento próprio, independente do município de Américo Brasiliense, a captação de água do HEAB originasse absolutamente do sistema de poço tubular profundo, com exploração ativa do aquífero de Serra Geral e bacia hidrográfica do Mogi Guaçu, com profundidade aproximada de 152 m, com nível dinâmico de 37,75 m e nível estático de 16,60 m.

“A exploração do poço profundo é contínua e responsável pelo abastecimento de todos os setores da instituição, desde atividades de jardinagem e limpeza até a desinfecção e esterilização de alto desempenho nas unidades de processamento de materiais”, disse o técnico em Segurança do Trabalho, presidente do Comitê Ambiental e Resíduo do HEAB e responsável pelo projeto, Wilson Antônio Nery Jr.

A captação no poço artesiano é o início do processo de abastecimento hídrico do complexo hospitalar, em que é possível considerar a cadeia de abastecimento em três grandes processos: captação, armazenamento e distribuição. Toda produção do poço é armazenada em um reservatório subterrâneo construído em alvenaria, com volume aproximado de 1.000 m³, que abastece, através do bombeamento, um reservatório elevado de 380 m³. Todo processo de captação e armazenamento permanece disponível aos pontos de distribuição de consumo individualizados para facilitar a identificação de possíveis vazamentos.

O sistema de monitoramento do consumo de água é realizado através de hidrômetro desde 2010, sendo toda a coleta de dados e informações dos equipamentos realizadas diariamente pela equipe de manutenção e registrada em planilha de controle.

“Nosso controle indicava apenas o volume captado pelo poço, pois tínhamos apenas um hidrômetro. Neste processo de melhoria da gestão hídrica do HEAB, identificamos a necessidade de novos controles em pontos estratégicos. Hoje temos sete pontos de monitoramento com hidrômetros pré-equipados para o sistema de telemetria”, afirmou Wilson Nery.

Outras medidas

Além dos novos pontos de monitoramento do consumo de água, foram realizadas orientações de equipes através do setor de Educação Permanente para evitar o desperdício de água. “Nas enfermarias, onde os pacientes tomam banho, as equipes de enfermagem foram orientadas a manejar corretamente o chuveiro para que a água seja aquecida da forma mais rápida, sem o desperdício de água”, conta Nery Jr.

Também foram instalados redutores de vazão nos chuveiros e aspersores em todas as torneiras da instituição. “Antes, em 1 minuto uma torneira tinha vazão de 7 litros e 200 ml, agora a vazão é de 1 litro e 500 ml por minuto, o que corresponde a aproximadamente 80% de economia”, finalizou Wilson Nery Jr.

Neste ano, já foram economizados 1 milhão de litros de água por mês, em comparação ao mesmo período do ano passado, e novas ações para redução do consumo de água estão previstas ainda para 2017, como instalação de chuveiros mais econômicos, treinamento de equipes, entre outras atividades.