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Hospital Américo Brasiliense: protagonismo da enfermagem resulta em gestão de acesso e indicadores

Realizar a gestão de acesso é uma tarefa administrativa complexa, que pode acarretar ociosidade e custos à instituição se não for realizada com prudência. Ela corresponde a todos os processos usados na área de Tecnologia da Informação (TI), para definir e autorizar quem pode acessar determinado grupo de dados.

Pensando nisso, o Hospital Estadual Américo Brasiliense (HEAB), administrado pela Fundação Apoio ao Ensino, Pesquisa e Assistência (FAEPA), localizado no interior do estado, criou em 2015, o setor de gestão de acesso e convidou a enfermeira da instituição, Diana Branquinho Marques, para assumir esse desafio.

Segundo a enfermeira, para o desenvolvimento da proposta, ela customizou junto ao analista de sistemas do hospital, um sistema informatizado, que possibilitou a visualização dos dados e o controle em tempo real da situação dos leitos. “A implantação do setor de gestão de acesso acarretou diversos benefícios para o HEAB. Hoje, nós conseguimos utilizar os leitos em sua capacidade máxima e com segurança, além de uma queda significativa na média de permanência destes usuários e um aumento de rotatividade e intervalo da substituição dos leitos”, afirma Diana.

Gradativamente, foi realizada uma interface com a Central de Regulação de Ofertas de Serviços da Saúde (CROSS) e com outras instituições da rede, com o objetivo de definir claramente os critérios de elegibilidade para internação e a capacidade de instalação do hospital.

“A gestão de acesso é algo novo e a instituição que apostar nisso certamente irá se destacar. Um leito vago é algo raro e, por esse motivo, fazer o gerenciamento dele se torna cada vez mais importante.”, finaliza a gestora de acesso.

Indicadores: traduzem dados para uma gestão consciente e equilibrada.

Os indicadores têm a missão de comunicar, de forma simples e por meio da quantificação, os resultados diretos de determinado processo ou operação. A partir deles, o gestor tem mais segurança na avaliação de atividades e, se julgar conveniente, têm mais agilidade para realizar os ajustes necessários.

A gerente de enfermagem do HEAB, Maria Cristina Simões Flório, é a responsável pela realização da gestão de indicadores, ela conta que a palavra chave para esse serviço é o planejamento. “Desde que iniciamos nossos trabalhos, focamos em indicadores, que facilita a visualização dos resultados. A enfermagem é parte crucial da construção desses dados, pois é ela que está presente na maioria dos processos e pode contribuir de forma ativa para o alcance dos desfechos desejados”, explica a gerente.

Ela também conta que com a gestão participativa do HEAB, é possível a demonstração de dados, a discussão de mão de obra qualificada e em quais momentos é preciso redimensionar o quadro de colaboradores, respeitando sempre o que é preconizado pelo Coren-SP, realizando assim um trabalho de qualidade e com resultados evidenciados por meio da satisfação dos usuários, registrados no Serviço de Atendimento ao Usuário (SAU).

“Ao compartilharmos nossos indicadores sejam eles assistenciais ou administrativos, de estrutura, de processo ou de resultado, estamos compartilhando saberes e repensando em como podemos ser melhores. Assim todos conseguem chegar ao objetivo final, que é o tratamento e os desfechos desejados, com menor prazo possível ao paciente, com qualidade e presteza”, declara Maria Cristina.

Referência: Comunicação / Coren-SP