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Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto promoveu festa para homenagear quem ajuda pacientes durante todo ano

Em comemoração aos 60 anos do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, uma festa para quem ajuda, apoia e emociona: os voluntários. Todos os 12 grupos foram homenageados, ontem, no melhor estilo de premiação, com direito a coral e encerramento ao som de palmas e “Oh Happy Day”.

“Nós estimulamos atos que vão além das atividades técnicas. Temos 384 pessoas, entre funcionários e colaboradores, que dedicam parte do tempo para amenizar o sofrimento e tornar o hospital mais humano”, diz o médico e superintendente Benedito Carlos Maciel.

Sorrisos

Um comerciante que largou a profissão para se empenhar ao voluntariado. Essa é a história de Daniel Fernando Rodrigues, 44 anos. Ele é um dos 120 participantes do Expresso do Riso, os cara-pintadas, que visitam pacientes, promovem o bem estar e, claro, muitas risadas.

“Eu achava a iniciativa linda e, por isso, há seis anos, resolvi fazer o curso de capacitação – foram meses construindo meu personagem e conhecendo o funcionamento do hospital, porque nosso trabalho é deslocar os pacientes da realidade, pelo menos por um momento”.
E não hesita ao destacar: “Essa é a minha paixão”.

Catalina Camas, de 58 anos, é coordenadora de dois projetos importantes para o centro médico – o Apoio Espiritual, que tem 185 voluntários e debate a fé alheia a religiões específicas, e o Brincar, com 42 universitários do campos da USP dedicados a um público bem exigente: as crianças. “Entre uma consulta e outra, participo das atividades nos laboratórios”.

“As ideias surgiram a partir das necessidades dos pacientes. Se torna gratificante, porque é algo importante e que faz sentido à vida. Só trabalho com pessoas que querem o bem”, afirma.
Companheirismo

Bate-papo e companheirismo. Dona Claudete Fagundes tem 81 anos e, devido à idade, deixou de frequentar as atividades da Abraccia, uma instituição de auxílio aos pacientes com câncer. O amor, no entanto, continua grande – foi a primeira a confirmar presença na premiação.

“Todo mundo precisa conversar. Um ato simples como esse, de entrar nos quartos e conversar, trocar apoio, sentimentos, experiências, pode mudar o dia de uma pessoa em tratamento”, diz. “Foram anos maravilhosos, tantos que até perdi a conta e noção do tempo”.

Salvação

“O tanto que eu ajudo não chega perto do que minhas alunas fizeram por mim”. Quem diz é Maria de Fátima Gonçalves. Aos 74 anos, ela é voluntária há 14 e relaciona o fim de uma fase difícil, de depressão, com o início das aulas de bordado que dá às funcionários do hospital.

Toda segunda-feira é dia de lecionar. Segundo ela, são 26 mulheres que, além de alunas, são amigas. “Me dedico a isso, e com orgulho. Fazemos coisas lindas e nos apoiamos muito”, diz.
 
Referência: ACidadeON/Ribeirão – Por: Júlia Fernandes – Foto: Weber Sian /A Cidade