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Instituto Qualisa de Gestão realizou curso de formação de Auditores Internos com colaboradores do HEAB

O Hospital Estadual Américo Brasiliense, realizou nos dias 27 e 28 de julho, o Curso de Formação de Auditores Internos do Sistema de Gestão da Qualidade. O programa foi apresentado pela Diretora Executiva do Instituto Qualisa de Gestão (IQG), Mara Machado.
Nas doze horas de curso foram apresentadas as linhas gerais do Processo de Acreditação de Serviço de Saúde, com a metodologia da Organização Nacional de Acreditação (ONA), abordando o processo de implantação da Gestão da Qualidade e mostrando os caminhos para que o HEAB possa atingir a Excelência em Gestão, conseguindo a Acreditação.
“É o momento de reforçar os conceitos de qualidade. A Instituição pode fazer isso, é um grande momento”, disse a Diretora Executiva do IQG, Mara Machado.
Com a formação dos Auditores Internos, a Gerente da Qualidade, Kele Cristina Dias, espera tornar mais ágil a implantação da Gestão da Qualidade. “É muito importante e significativa a presença e participação ativa dos 60 colaboradores convidados pela Gestão da Qualidade para realizar o curso. O HEAB está ainda no início do processo de construção da ‘Cultura da Qualidade’ e o caminho para se chegar ao objetivo apresentado no curso é longo. O caminho é longo, mas o tempo para percorrê-lo pode ser curto ou longo. O quanto vai durar este tempo depende do envolvimento de todos, mas esse tempo será dado principalmente pelo entendimento e envolvimento das lideranças do HEAB na mudança de cultura Institucional”.
O Diretor Geral do HEAB, Dr. José Paulo Pintyá, lembra que o trabalho com a Gestão da Qualidade faz parte do programado para Hospital Estadual Américo Brasiliense desde o início da sua gestão.
Segundo Dr. Pintyá, trabalhar com Gestão da Qualidade tem a função de criar nos colaboradores a “Cultura da Qualidade”, cultura de se trabalhar com Processos de Trabalho, com Procedimentos Operacionais, com Linhas de Cuidados e Projetos Terapêuticos Individuais. “Fazer isto não é simples, demanda tempo e trabalho, demanda sair da zona de conforto, significa mudança de paradigma. E qualquer manual de gestão ensina que isso traz no início muitos conflitos e alguns confrontos”, garante Dr. Pintyá.
Para a Diretora Executiva do IQG, a formação de auditores é importante para garantir a excelência no processo de assistência. “A Instituição assume a responsabilidade de disponibilizar o atendimento seguro. E isso, é um caminho sem volta, porque as pessoas estão cada vez mais exigentes com a relação ao atendimento”, disse Machado.
Segundo Kele, o Hospital Estadual Américo Brasiliense está com os processos de apoio em fase significativa de evolução em relação ao Diagnóstico Organizacional do IQG, mas os processos primários que envolvem assistência propriamente dita, e que é o foco principal da metodologia da ONA: maior segurança, menor risco, interposição de barreiras, processos de trabalhos, linhas de cuidado, performance de “time” e protocolos gerenciados, ainda estão em fase incipiente.
“O Corpo Clínico do HEAB precisa neste momento se envolver na construção dos Protocolos Clínicos Multiprofissionais Institucionais para as doenças mais críticas e prevalentes, os quais deverão conter projetos terapêuticos com metas assistenciais definidas, o que nos possibilitará fazer a gestão clínica que nos apontará como fazer melhoria contínua em nossas práticas, melhorando sempre nossos processos de trabalho, com impacto final na performance do cuidado”, garantiu Kele.

Mara Machado (Diretora Executiva do IQG) e Kele Cristina Dias (Gerente da Qualidade HEAB)

Kele informou ainda que as ferramentas como “não conformidades” continuarão a serem utilizadas e fazem parte da construção da “Cultura da Qualidade”, sendo uma forma de enxergarmos nossas práticas, salientando que o foco de tratamento das “não conformidades” pela Gestão da Qualidade é sempre olhar para Processos de Trabalho e Procedimentos Operacionais, e não punição de pessoas. “Punição individual não faz parte do trabalho da Gestão da Qualidade. É preciso que os colaboradores entendam que as não conformidades ajudam a entender e refazer Processos de Trabalho, na lógica de criar barreiras, aumentando a segurança e diminuindo os riscos”.
Segundo a Gerente da Qualidade, os procedimentos Operacionais são, da mesma forma, essenciais para construirmos uniformidade em nossas ações. “Eles continuarão a ser feitos para todos os espaços com a formatação definida pela Gestão da Qualidade. Um conjunto de procedimentos cria um Processo de Trabalho. E passamos a partir daí a trabalhar com “Linhas de Cuidado” e Projetos Terapêuticos Individuais, analisando nossa performance para cada caso”, disse Kele Cristina Dias.
Além disso, Kele explicou que neste momento o uso de ferramentas de avaliação como pré e pós-teste são essenciais para avaliar os treinamentos e capacitações que são realizadas. “Nossas capacitações e treinamentos continuarão a serem feitos da mesma forma, através do Grupo de Educação Permanente (GEP), que tem a função de diagnóstico Institucional de necessidades de aprendizado e acompanhamento das mesmas a longo prazo”.
Para o Diretor Geral do Hospital, o curso ao apresentar uma possibilidade de assistência em um nível muito acima daquele que temos neste momento no HEAB nos motiva a trabalhar para mudarmos o patamar de nossa performance assistencial. “Para isto é necessário que mudemos antes o nível de maturidade Institucional e que da mesma forma as pessoas envolvidas no processo, principalmente as lideranças, tenham a maturidade de entender os mecanismos envolvidos na construção da “Cultura da Qualidade”, e se comprometam com o objetivo a ser alcançado”, garantiu Dr. Pintyá.