Nova técnica eleva qualidade da lavagem das mãos

Experiência, inédita no Brasil, foi relatada em artigo publicado em revista internacional. 

Foram doze meses de estudos detalhados até a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar efetivar a troca da solução tradicional PVPI (polivinil pirrolidona iodo) ou clorexidina pela solução alcoólica no preparo cirúrgico das mãos.

A experiência, inédita no Brasil, confirma as evidências internacionais de benefícios, e trouxe vantagens em termos de economia de tempo, consumo de recursos e custos. O experimento resultou em um artigo que foi publicado pela revista Antimicrobial Resistance and Infection Control (BMC), periódico inglês vinculado à Organização Mundial de Saúde.

Mais qualidade – “Quando comparado à técnica tradicional de escovação com a degermação cirúrgica com preparação alcoólica, o álcool melhora a qualidade e reduz a duração da preparação, sendo igualmente eficaz para a prevenção de infecções“, explica o coordenador da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar do HC, doutor Gilberto Gaspar.

Ele explica que o aumento da qualidade da higienização das mãos com solução alcoólica se deve “principalmente ao menor tempo de aplicação do produto e consequentemente melhor execução”. “Enquanto a higienização com escova demora de 3 a 5 minutos, com solução alcoólica esse tempo é reduzido para cerca de um minuto e meio. Isso garante que o profissional cumpra todos os passos da técnica da higienização”, completa.

Devido ao seu método de aplicação, apenas fricção sobre a pele, a higienização com solução alcoólica traz vantagens econômicas e também  maior sustentabilidade ambiental. A técnica diminui os resíduos descartados no meio ambiente, economiza água já que não necessita de enxágue,  não usa compressa esterilizada porque não precisa de secagem e dispensa escova.

As duas especialidades que utilizaram a técnica (Ortopedia e Cardiologia) passaram por um mês de treinamento teórico e prático. O próximo passo é implementar a prática em todas as especialidades cirúrgicas.

Referência: Assessoria de Comunicação HCFMRP-USP