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Síndrome de Kawasaki pode estar relacionada ao novo coronavírus

Predisposição genética, associada a infecções virais, como a covid-19, explica o aumento de casos observados da síndrome.

O podcast Saúde Sem Complicações  recebeu a professora Luciana Martins de Carvalho, especialista em Reumatologia Pediátrica do Departamento de Pediatria e Puericultura da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, para falar sobre a síndrome de Kawasaki.

A professora explicou que a síndrome de Kawasaki é uma doença inflamatória descoberta na década de 60 pelo médico japonês Tomisaku Kawasaki. É caracterizada por alterações na boca, olho, pele e também por febre persistente que acomete, na maior parte dos casos, crianças menores de 5 anos de idade e pode evoluir para aneurismas nas artérias coronárias.

Luciana disse que a doença é rara e acontece com mais frequência no continente asiático, geralmente pela combinação de disposições genéticas com fatores ambientais, como as infecções virais. A professora chamou a atenção para a realização do tratamento, feito com medicações logo no começo dos sintomas, pois a doença pode deixar sequelas por toda a vida e provocar até mesmo infarto no futuro.

Chamou a atenção também devido ao aumento de casos nos últimos meses. A culpa é da pandemia do novo coronavírus, diz Luciana, já que a síndrome de Kawasaki é induzida, geralmente, por infecções virais em pacientes com predisposição genética para a doença. Itália e Inglaterra, observa a professora, foram os países que apresentaram aumento dos casos da síndrome e, portanto, acredita-se que pode ter relação com a covid-19.

Referência: Jornal da USP