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USP tem dois centros de referência em urticária no mundo Hospital das Clínicas em Ribeirão Preto e em São Paulo são certificados pela excelência no atendimento e pesquisas

Neste mês, o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HCFMRP) da USP foi aprovado como um dos seis Centros de Referência e Excelência em Urticária do Brasil. A auditoria é feita pela Global Allergy and Asthma European Network (GA2LEN).

A área de Imunologia Clínica e Alergia do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), em São Paulo, também é um dos centros certificados pela excelência no atendimento de pacientes e por aumentar o conhecimento na área por meio de pesquisa e formação.

Para a coordenadora da equipe de Ribeirão Preto, professora Luisa Karla de Paula Arruda, a conquista vai auxiliar nas pesquisas através da interação com outros grupos de pesquisa. “Agora as atividades serão melhor estruturadas e sistematizadas de acordo com os guidelines (diretrizes) internacionais recentes”, explica a pesquisadora.

 

Para a aprovação no programa de certificação, foi necessário atender 32 critérios. Entre as atividades verificadas na auditoria estão realizar diagnóstico e tratamento de acordo com as diretrizes internacionais; ter protocolo para investigação de urticárias físicas; ter equipe de médicos especialistas em alergia e imunologia com conhecimento e treinamento sobre urticária; realizar pesquisa e publicar estudos em urticária; dar visibilidade ao grupo através de website institucional; e  realizar programas de educação sobre urticária, tanto para médicos como para a população geral.

Urticária

A urticária se apresenta com lesões vermelhas, inchadas e acompanhada por coceira. Podem ser pequenas, isoladas ou se juntar e formar grandes placas vermelhas e em qualquer área do corpo.  

Estimativas apontam que entre 10% e 20% da população pode apresentar urticária aguda em algum momento. Já a urticária crônica é menos frequente e pode ocorrer em 0,5% a 1,0% da população.

A urticária aguda tem duração de até seis semanas e é, de forma geral, uma condição clínica que tem causa definida. É o caso de alergia a alimentos, medicamentos, ferroadas de insetos himenópteros, látex e associação com infecções.  

Já a urticária crônica é, na maioria das vezes, espontânea e o paciente não identifica a causa dos sintomas. “Há evidências de que muitos dos casos de urticária crônica espontânea, até 40%, têm natureza autoimune, e ocorrem em associação com doenças autoimunes”, explica a coordenadora da equipe de Ribeirão Preto, professora Luisa Karla de Paula Arruda. Entre essas doenças, a tireoidite autoimune, lúpus eritematoso sistêmico, diabete tipo I,  artrite reumatoide, doença de Crohn e outras.

Referência: Jornal da USP – Com informações de Giovanna Grepi, de Ribeirão Preto