Campus de Ribeirão Preto faz mostra sensitiva sobre Portinari. A exposição com reproduções de obras de Candido Portinari promove a acessibilidade
Obras de arte geralmente são apreciadas utilizando-se apenas um dos cinco sentidos humanos, a visão. Mas, a partir desta sexta-feira, dia 8 de dezembro, às 17h30, uma exposição no Espaço de Eventos do Instituto de Estudos Avançados – Polo Ribeirão Preto (IEA-RP) da USP vai permitir aos visitantes utilizar os cinco sentidos para interagir com uma seleção de reproduções de obras de Candido Portinari.
A Mostra Todos os Sentidos é gratuita e proporcionará a experimentação de elementos representados em diversos quadros do pintor. Será possível, por exemplo, sentir o cheiro do café retratado na obra O Café ou mesmo ouvir sons da flauta presente na obra O Flautista.
“O objetivo é permitir que os visitantes observem e explorem o trabalho de Portinari em verdadeira profundidade através do puro aproveitamento sensorial, ajudando assim a atrair um público diversificado, com diferentes habilidades sensoriais, para apreciar seu trabalho de uma forma absolutamente nova”, explica a curadora da mostra e professora Carla da Silva Santana de Castro, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP.
A mostra é promovida pela FMRP, Prefeitura da USP de Ribeirão Preto (PUSP-RP) e Instituto de Estudos Avançados – Polo Ribeirão Preto (IEA-RP) da USP. E também pelo Santander Universidades, Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Assistência (Faepa), Projeto Portinari e Cooperativa de Cafeicultores em Guaxupé (Cooxupé).
A mostra ficará em cartaz até o dia 31 de janeiro, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, no Espaço de Eventos do IEA-RP, Avenida Bandeirantes, 3.900, Monte Alegre – antigo prédio do Banco Santander, ao lado do prédio central da FMRP.
.
Candido Portinari
Portinari era filho de imigrantes italianos e nasceu em Brodowski, no interior do estado de São Paulo, e desde criança manifestava vocação artística. Ele quase sempre usava suspensórios, colarinho, gravata, abotoaduras e camisas e meias de cores fortes.
O pintor, com reconhecimento dentro e fora do País, retratou em suas telas o povo brasileiro e tem mais de 5 mil obras em sua autoria. Entre elas, os painéis Guerra e Paz, oferecidos pelo governo brasileiro à sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York. Ele morreu em 1962, aos 58 anos, por intoxicação pelas tintas que utilizava.
Mais informações: (16) 3315-0368.
Referência: Jornal da USP – Thais Cardoso e Giovanna Grepi (com informações do Museu Casa de Portinari)