Estudo aponta que depressão em novos médicos depende do serviço de residência
Estudo liderado por Karina Pereira-Lima, do Departamento de Neurociências da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, sugere que saúde mental de médicos depende do programa de residência que frequentaram no primeiro ano de treinamento médico.
Publicados na Writing in the journal Academic Medicine, os resultados mostram que os médicos internos eram mais propensos a sofrer de depressão em certos programas em comparação com outros.
A pesquisa, realizada por equipe da Universidade de Michigan nos Estados Unidos, acompanhou 1.276 residentes de 54 programas médicos daquele país ao longo de vários anos que participaram de um estudo maior conhecido como Intern Health Study, ou seja, Estudo de Saúde dos Estagiários. E, entre os fatores que predispõem aos maiores índices de depressão, encontrou: programas de residência em medicina interna; com horas de trabalho mais longas; com menor retorno do corpo docente e experiências de rotação de treinamento de pacientes internados menos valiosas. O mesmo foi observado com os programas que formam médicos seguir carreiras focadas em pesquisa (classificados por Doximity).
Para Karina, os resultados sugerem que o ambiente do programa de residência desempenha um papel central na saúde mental dos médicos internos. “Esses dados podem sugerir mudanças para os programas de residência e consequentemente podem provocar a redução dos riscos de depressão nos médicos residentes.”
Leia matéria completa publicada por Fernanda Pires em jornal da Universidade de Michigan, EUA.
Referência: Portal de Informações da USP Ribeirão Preto – Foto: Sasin Tipchai/Pixabay