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Pesquisadores do Setor de Retina e Vítreo do HCFMRP-USP receberam o prêmio Oral Bravs Award – 2017 Retinal

Pesquisa compara três tratamentos para retinopatia diabética e dá prêmio a pesquisadores do HCFMRP

Pesquisadores do Setor de Retina e Vítreo do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP receberam o prêmio Oral Bravs Award – 2017 Retinal, durante o quadragésimo segundo Congresso Brasileiro da Sociedade de Retina e Vítreo, ocorrido em abril no Rio de Janeiro.

O trabalho premiado Função da Retina nos Olhos com Retinopatia Diabética Proliferativa Tratada com Ranibizumab intravítrea e / ou Fotocoagulação Panretina a Laser  é de autoria dos professores Rodrigo Jorge, André Messias e dos pesquisadores Katharina Messias e Rafael De Montier Barroso.

A equipe da FMRP comparou três tipos de tratamento para retinopatia diabética, lesão na retina causada pela Diabetes mellitus e que pode levar à cegueira. São eles: laser tradicional (somente uma mira), laser de miras múltiplas associado a medicamento e, por último, somente uso de medicamento.

O professor Rodrigo Jorge diz que tratamento convencional com laser destrói a retina periférica. A pessoa fica sem a visão periférica, pois as bordas da retina ficam sem suprimento sanguíneo, necrosa, mas o centro da retina fica preservado. “Essa técnica queima células boas para salvar a visão principal, o paciente perde a visão periférica, mas o centro da retina fica preservado”.

Outro problema apontado pelo professor é que a retina produz a proteína VEG – que estimula novos vasos, que são anormais, os neovasos. Eles sangram com facilidade e formam novo tecido no local que acaba no descolamento da retina.

Como resultado, o estudo mostrou que o tratamento somente com medicamento, no caso a droga Ranibizumab, a retina fica com uma maior preservação da área periférica. “Isso não significa que se deve abandonar o laser”, alerta o professor. Para Jorge, a indicação é a “mescla do uso simultâneo de um laser com múltiplas miras (em pontos específicos planejados pelo computador), o que não dá tanta perda de função, com a droga”.

Referência: Portal de Informações da USP Ribeirão Preto – Por: Rosemeire Soares Talamone – Foto: Assessoria de Comunicação HCFMRP-USP