Simpósio sobre doação de sangue reúne captadores no Hemocentro RP
O trabalho para manter os estoques de sangue dos hemocentros em todo o Brasil em níveis seguros é diário. Por telefone, por carta, por e-mail, por pedidos na imprensa, em campanhas publicitárias, na fila dos hospitais, os captadores são incansáveis na busca por doadores de sangue. É uma luta constante para encontrar abordagem e linguagem eficazes para atrair mais doadores de sangue.
Para ajudar nessa “procura por abordagem e linguagem mais eficazes”, o Hemocentro RP realizou, nessa terça-feira, 16, o I Simpósio Estadual de Captação de Sangue com psicólogos, psiquiatras, publicitários, jornalistas, especialistas em redes sociais e captadores de vários hemocentros. “Foi um ótimo encontro e excelente troca de experiência. A partir dessa reunião, vários pontos devem ser priorizados e reforçados, como por exemplo, melhorarmos o acolhimento ao doador e criarmos uma nova linguagem para atrair o jovem”, afirma a gerente de Comunicação Social, Miriam Castanheira.
Para os especialistas, a linguagem deve ser adaptada ao público alvo. “Para os jovens, devemos usar as redes sociais. É lá que eles estão. Mas se precisamos de resultados imediatos temos que usar a televisão. A resposta é rápida e imediata”, afirma o chefe da Assessoria de Comunicação do Hemorio. Para o professor e publicitário Carlos Henrique Tucci, “além de campanhas específicas com linguagem adaptada ao público-alvo, mostrar ao jovem os benefícios da doação e investir no acolhimento ao doador de sangue. Receber bem pode garantir a volta do doador”, afirma.
Para o professor da USP, de São Carlos, José Carlos Cintra para os hemocentros aumentarem a participação do jovem na dação de sangue é “necessário mostrar ao jovem que é prazeroso doar sangue. O jovem faz o que tem vontade. Portanto, temos que mostrar a eles que há prazer em doar, em ajudar. Se o jovem não for cativado ele não responde”, explica.