Unidade de Emergência inicia trabalho com acompanhantes no CTI Adulto e Unidade Coronariana
“É bom para minha mãe, porque posso ficar mais tempo do que uma visita comum, assim ela não se sente só e para família é bom, porque posso acompanhar o tratamento de perto e avisar diariamente. Também acho ser bom para o hospital, porque, às vezes, posso ajudar as enfermeiras nos cuidados com minha mãe”, essa é a opinião de Isabel Cristina Tomé, de Cajuru, que acompanha a mãe internada há 16 dias, na UTI adulto da Unidade de Emergência.
Isabel faz parte do Programa Acompanhantes CTI/UCO, que começou na UCO (Unidade Coronariana) e na CTI adulto (Centro de Terapia Intensiva). Neste programa, foi criada a possibilidade de que pacientes internados nessas áreas possam contar com acompanhantes por 13 horas (das 8h às 21h).
Os horários anteriores de visitas das 15h às 16h e das 20h às 21h continuam, mesmo para os pacientes com acompanhantes. “Eu venho todos os dias de Cajuru e volto no final da tarde. Eu não quero que ela fique sozinha”, afirma.
O Programa começou com a participação do CTI Adulto da UE em um estudo multicêntrico nacional, em julho de 2017. “O CTI adulto foi convidado a participar do projeto visita ampliada junto com o Hospital Moinhos de Vento, de Porto Alegre. Ao final do estudo, concluímos que era bom para o paciente, para a família e também para o Hospital. Os funcionários do CTI foram receptivos à nova forma de trabalho e consideraram importante a presença do familiar. A Coordenadoria da UE decidiu transformar o projeto em um programa institucional”, explica Maria Aline Sprioli, enfermeira responsável técnica.
O Programa Acompanhante CTI/UCO define que três familiares podem participar e ir se alternando na condição de acompanhante. Porém, uma regra precisa ser cumprida: os familiares devem passar antes por uma aula para aprender sobre seus direitos e deveres, sobre as regras internas de funcionamento, noções básicas de CCIH e o comportamento que precisam ter dentro da Instituição.
“É um programa importante para o Hospital, porque passamos a conhecer melhor o paciente e a própria família. Não é um programa fácil, porque a equipe passa também a dar atenção ao visitante, mas estamos conseguindo avançar cada dia mais”, explica Maria Aline.
Para a enfermeira e encarregada da Unidade Coronariana (UCO) Michelle Sandrin dos Santos “com o programa o paciente fica mais tranquilo, adere mais ao tratamento e reduz a ansiedade”. Além disso, completa, “quando necessário, o acompanhante também pode ajudar a enfermagem no atendimento ao familiar internado”, explica. “O programa vale a pena e tem produzido bons resultados”, finaliza.
Referência: Assessoria de Comunicação HCFMRP-USP