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HEAB realiza avaliação em fumantes em razão do dia nacional de combate ao câncer

O Hospital Estadual Américo Brasiliense (HEAB), realizou no dia 29 de novembro, uma campanha de prevenção ao uso do tabaco e promoção a saúde dos usuários da rede SUS.

A Fonoaudióloga, Ariane Damasceno Pellicani em atendimento

Os tabagistas interessados passaram por uma triagem da equipe de enfermagem e receberam atendimentos fonoaudiólogos e odontológicos (UNESP Araraquara), ao todo 55 pessoas passaram por atendimentos no Ambulatório do HEAB.
Em 2011, 48 pessoas vieram na campanha. Elas passaram pelos profissionais de Fisioterapia, Fonoaudiologia, Nutrição e Psicologia.
Segundo a Fonoaudióloga e Presidente da Comissão de Controle de Tabagismo do HEAB, Janaina Bueno da Silva, o objetivo da campanha foi  diagnosticar precocemente as doenças causadas pelo fumo e, se necessário, encaminhar o paciente para tratamento especializado em programas municipais de controle de tabagismo ou para serviços de média e alta complexidade.
“O tabagismo é a principal causa de doenças pulmonares, como bronquite crônica, enfisema pulmonar, o câncer de boca e ainda está associado a outros tipos de tumores. Por esse motivo, a Comissão de Controle de Tabagismo visa trabalhar a conscientização das pessoas sobre os malefícios causados pelo tabaco e as vantagens na qualidade de vida para quem abandona o cigarro”, disse Janaina.
A campanha foi realizada com apoio da equipe de Odontologia da UNESP Araraquara.
VOCÊ SABIA?
• Que a fumaça do cigarro reúne, aproximadamente, 4,7 mil substâncias tóxicas diferentes e muitas delas são cancerígenas?
• Que o tabagismo está ligado a 50 tipos de doenças como câncer de pulmão, de boca e de faringe, além de problemas cardíacos?
• Que, no Brasil, 23 pessoas morrem por hora em virtude de doenças ligadas ao tabagismo?
• Que crianças com sete anos de idade nascidas de mães que fumaram 10 ou mais cigarros por dia durante a gestação apresentam atraso no aprendizado quando comparadas a outras crianças?
Fonte: Ministério da Saúde
Tabagismo no mundo
O tabagismo é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a principal causa de morte evitável em todo o mundo. A OMS estima que um terço da população mundial adulta, isto é, 1 bilhão e 200 milhões de pessoas (entre as quais 200 milhões de mulheres), sejam fumantes. Pesquisas comprovam que aproximadamente 47% de toda a população masculina e 12% da população feminina no mundo fumam. Enquanto nos países em desenvolvimento os fumantes constituem 48% da população masculina e 7% da população feminina, nos países desenvolvidos a participação das mulheres mais do que triplica: 42% dos homens e 24% das mulheres têm o comportamento de fumar.
O total de mortes devido ao uso do tabaco atingiu a cifra de 4,9 milhões de mortes anuais, o que corresponde a mais de 10 mil mortes por dia. Caso as atuais tendências de expansão do seu consumo sejam mantidas, esses números aumentarão para 10 milhões de mortes anuais por volta do ano 2030, sendo metade delas em indivíduos em idade produtiva (entre 35 e 69 anos) (WHO, 2003).
O INCA desenvolve papel importante como Centro Colaborador da Organização Mundial da Saúde (OMS) para o Programa “Tabaco ou Saúde” na América Latina, cujo objetivo é estimular e apoiar políticas e atividades de controle do tabagismo nessa região e no apoio à elaboração da Convenção Quadro para o Controle do Tabaco, idealizada pela OMS para estabelecer padrões de controle do tabagismo em todo o mundo.
 Tabagismo no Brasil
No Brasil estima-se que cerca de 200.000 mortes/ano são decorrentes do tabagismo (OPAS, 2002). De acordo com o Inquérito Domiciliar sobre Comportamentos de Risco e Morbidade Referida de Doenças e Agravos Não Transmissíveis , realizado em 2002 e 2003, entre pessoas de 15 anos ou mais, residentes em 15 capitais brasileiras e no Distrito Federal, a prevalência de tabagismo variou de 12,9 a 25,2% nas cidades estudadas. Os homens apresentaram prevalências mais elevadas do que as mulheres em todas as capitais. Em Porto Alegre encontram-se as maiores proporções de fumantes, tanto no sexo masculino quanto no feminino e, em Aracaju, as menores. Essa pesquisa também mostrou que a concentração de fumantes é maior entre as pessoas com menos de oito anos de estudo do que entre pessoas com oito ou mais anos de estudo. Em relação à prevalência de experimentação e uso de cigarro entre jovens, de acordo com estudo realizado entre escolares de 12 capitais brasileiras, nos anos de 2002-2003 (Vigescola ) a prevalência da experimentação nessas cidades variou de 36 a 58% no sexo masculino e de 31 a 55% no sexo feminino, enquanto a prevalência de escolares fumantes atuais variou de 11 a 27% no sexo masculino e 9 a 24% no feminino.
Fonte: INCA