Higienizar mãos salva vidas

Em 1847, o médico búlgaro Ignaz Philipp Semmelweis descobriu que lavar as mãos evitava a infecção hospitalar que atingia as mulheres que iam dar a luz no Hospital Geral de Viena, Áustria. Ele determinou que todos, antes de atender as mulheres, deveriam lavar as mãos em uma solução de hipoclorito de sódio, o mesmo utilizado na água sanitária. O índice de mulheres com infecção hospitalar caiu com essa ação.
Cento e setenta e dois anos depois, esse simples gesto precisa ser sempre lembrado de que ele evita a propagação da infecção hospitalar. Pessoas que são internadas ou que são submetidas a procedimentos cirúrgicos podem ser acometidas por IRAS (infecção relacionada à assistência à saúde), ainda que não apresentem qualquer indício de infecção prévia.
A Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) da Unidade de Emergência traz a importância da higienização das mãos e de se adotar medidas de boas práticas diariamente junto ao Hospital. São realizadas palestras e aulas sobre a importância de criarmos políticas institucionais e mudança comportamental que traga segurança na assistência.
Nas visitas clínicas em unidades fechadas, o tema higiene das mãos e prevenção de infecção é pauta recorrente junto às equipes multiprofissionais. Além disso, a CCIH oferece, durante o ano, vários módulos de Prevenção de Infecção Hospitalar para todos os funcionários do Hospital, alternando periodicamente entre manhã e tardes para alcançar a todos.
Uma ação tão simples (água, sabão e álcool), e tão efetiva: o ato de higienizar as mãos antes e após, promovendo cuidado, garante uma assistência segura e sem risco de transmitir microrganismos aos pacientes. Impedir que os pacientes adquiram essas bactérias deve ser o principal desafio nos dias de hoje – Salve Vidas, higienize suas mãos. Há sempre um álcool gel perto de você.

Referência: Assessoria de Comunicação HCFMRP-USP – Por Dr. Lucas Barbosa Agra
Médico Infectologista da CCIH e Supervisor Médico da Unidade de Emergência