Unidade de AVC do Hospital das Clínicas tem uma das melhores estruturas do país
A Unidade de Emergência do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto tem um dos melhores atendimentos, do país, para pacientes com casos de AVC. É o que aponta a pesquisa realizada, em todo o Brasil, pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), que coloca a unidade como “muito adequada” para o serviço.
Segundo a pesquisa, com médicos neurologistas e neurocirurgiões, 76% dos hospitais públicos brasileiros não apresentam condições adequadas para atender casos de AVC, 21% são classificados como adequados e apenas 3% dos serviços avaliados pelos médicos têm estrutura classificada como “muito adequada”, situação em que se encontra a Unidade de AVC, da Unidade de Emergência do HCFMRPUSP.
“Acho que este reconhecimento é fruto do trabalho árduo da nossa equipe na UE e do apoio da administração do HC. Além da trombólise endovenosa e da trombectomia mecânica, nossa Unidade de AVC foi inaugurada no ano passado. Estas intervenções, em conjunto, têm um enorme impacto na redução de sequelas e mortalidade de pacientes com AVC”, explica o neurologista e coordenador do serviço de Neurologia Vascular do HCRP, doutor Octávio Marques Pontes-Neto, professor da FMRP.
Ele completa: “No HC de Ribeirão Preto, contamos com uma equipe treinada, capacitada e que trabalhando de forma interdiciplinar consegue reduzir as complicações diminuindo o tempo de internação e melhorando as sequelas desses pacientes. O segredo está no trabalho em equipe, com muito treinamento e aplicação de protocolos”, enfatiza Pontes-Neto, que também é o presidente da Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares.
Tipos – Existem dois tipos de AVC, o hemorrágico, em que ocorre rompimento de artérias e sangramento no cérebro e o isquêmico. De acordo com os especialistas, a diferenciação imediata entre um tipo e outro é essencial para a escolha do tratamento e reversão de possíveis sequelas. A identificação só é possível por meio do exame de tomografia ou pela ressonância magnética, dependendo do caso. “A baixa disponibilidade de tomografias, a carência de unidades de AVC credenciadas pelo SUS e de profissionais treinados têm sido um grande obstáculo para o tratamento ao AVC no sistema público em todo o país”, explica o doutor Pontes Neto.
Referência: Assessoria de Comunicação HCFMRP-USP